sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Of the old & new 更始(こうし)



Hoje mexi nas caixas aqui em casa. Tem muita tralha velha que não vai pra casa nova, algumas coisas úteis que eu vou guardar... e isso me fez refletir sobre a renovação diária que acontece na nossa vida, assunto recorrente aqui. Ontem tive uma conversa com alguém muito especial e importante para mim, sobre o mesmo assunto.
É o movimento natural da vida que o velho dê lugar ao novo, e eu nunca senti essa verdade tão claramente na minha vida e na da pessoa maravilhosa ao meu lado. Os resultados são maravilhosos, dessa maneira avançamos bem, de maneira saudável. Quem se apega ao velho não pode viver a nova estação. Não existe uma flor de cerejeira que dure para sempre; mesmo o céu e a terra, esses dois colossos da natureza, são mutáveis. Negar essa renovação é como ir contra o curso de um rio caudaloso com as mãos nuas e nada mais.
A pétala da flor recém desabrochada é fresca, agradável ao toque, e esta exala um perfume que enche o ar. A água fresca do rio, alimentada pelas geleiras que derretem, é reconfortante, a grama verde sob os pés é um prazer raro.
A renovação é inevitável, assustadora e maravilhosa. Os buddhas ainda não despertos como eu, você e tantos outros tentam impedir esse movimento da natureza - em vão, porque quão pequeninos somos nós diante das leis naturais? Sigamos, então, o curso da vida, onde tudo se modifica. Assim disse o Mestre sobre a impermanência.

Namastê!